História de Curitiba
Era uma região de floresta exuberante onde reinavam as araucárias. Os nativos tupi-guaranis, que a habitavam região, referiam-se a ela como Curii Tiba, que pode ser traduzido como pinheiral.
No início da Era Cristã, o Planalto Curitibano era habitado por povos ceramistas de tradição Itararé. Casas subterrâneas, encontradas em sítios arqueológicos nos arredores de Curitiba, mostram a adaptação dos nativos às condições adversas do clima, como os ventos frios.
Por época da chegada dos portugueses ao Brasil, o Planalto Curitibano era ocupado por grupos das famílias linguísticas jê e tupi-guarani.
O século 16 marcou o início de uma guerra de conquista dos europeus contra os povos indígenas que habitavam os planaltos do Sul e Sudeste do Brasil. Eram expedições portuguesas e espanholas em busca de metais e pedras preciosas e índios para escravizar.
Existem relatos de que os campos de Curitiba foram descobertos pela expedição de Pero Lobo, em 1531. Essa expedição partiu de Cananéia em busca de ouro e prata na região dos incas, seguindo uma trilha indígena que passava pelos arredores da atual cidade de Ponta Grossa. A expedição acabou sendo dizimada pelos guaranis, nas proximidades de Foz do Iguaçu, durante a travessia do Rio Paraná.
Em meados do século 16, surgiram as primeiras informações da existência de minas de ouro nos campos de Curitiba, atraindo os primeiros garimpeiros para a região.
Paisagem de Curitiba de 1827 (Coritiba). Aquarela sobre papel de Jean-Baptiste DeBret. Segundo o falecido historiador paranaense Newton Isaac Carneiro, este é o mais antigo registro iconográfico da cidade. O panorama teria sido tomado da antiga Igreja do Rosário dos Pretos, onde um trabalhador negro desbasta uma laje durante uma reforma do templo. A Igreja Matriz (ao centro) e a Igreja da Ordem ainda não possuíam torres. A vila teria, na época, cerca de 5.000 habitantes.
Temas
A Fundação de Curitiba representada no trabalho de João Turin, de 1943, alto relevo, em Bronze. Em exposição no Memorial da Cidade ►
Jornal O Paranaense, edição de 14 de abril de 1878. Seu editorial foi dedicado a exaltar o pernambucano Adolpho Lamenha Lins, Presidente do Paraná, de 1875 a 1877. O Bairro Lamenha Pequena, em Curitiba, leva seu nome. Na época desta edição, o baiano Rodrigo Octavio de Oliveira Meneses governava o Paraná.
O Paranaense foi publicado, de 1877 a 1882, na antiga Typographia Paranaense, fundada em 1854, por Cândico Lopes, que veio de Niterói à convite do baiano Zacarias de Góes e Vasconcellos, fundador do Paraná. Como primeiro Presidente da Província, o baiano precisava de uma tipografia local para publicar os documentos oficiais da Província.
O monolito de fundação da cidade, instalado pelos portugueses, na praça Tiradentes em 1693.
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Em 1649, Ébano Pereira, capitão das canoas de guerra da Costa do Sul, comandou uma expedição exploratória para subir os rios e atingir o planalto em busca de ouro. Para isso, recrutou pessoal na Vila de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá. Estabeleceram-se, inicialmente, na margem esquerda do rio Atuba, entre os atuais bairros de Vila Perneta e Bairro Alto. Posteriormente, mudaram-se para um local às margens do rio Ivo, atual centro de Curitiba.
Em 1668, foi autorizada a instalação do pelourinho no povoado. Contudo, as autoridades públicas não foram eleitas para a instalação da justiça. Isso era necessário, pelas leis da época, para que o povoado passasse à condição de vila.
A primeira eleição de autoridades públicas somente aconteceu em 29 de março de 1693, promovidas pelo capitão-povoador Matheus Leme. O povoado passou, então, à categoria de vila, Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais. A vila passou a se chamar Vila de Curitiba em 1701, já com 1.400 habitantes. Desde 1906, a data de 29 de Março de 1693 é adotada oficialmente como a data de fundação de Curitiba.
A partir de 1737, caravanas de tropeiros passaram a usar o caminho aberto para o transporte de gado e mercadorias, desde o Rio Grande do Sul até São Paulo. Nesse trajeto passava-se por Curitiba, impulsionando o comércio da região. Curitiba ultrapassou Paranaguá em importância, assumindo a sede da Comarca, em 1812.
Em 1842 a vila passou à categoria de cidade. O Paraná era, então, uma comarca de São Paulo. Sua emancipação para Província do Paraná, se deu em 19 de dezembro de 1853, pelas mãos do baiano Zacarias de Góes e Vasconcellos. Curitiba tornou-se, então, a capital da província em 26 de julho de 1854, com 5.819 habitantes.
Em 1868, começou a construção do primeiro hospital de grande porte da Cidade: O Hospital de Caridade da Santa Casa. O baiano Dr. Murici, Provedor da Santa Casa, foi seu idealizador e principal construtor.
A partir do século 19, Curitiba passou a receber uma grande quantidade de imigrantes europeus e asiáticos, transformando a cidade em muitos aspectos.
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