A Praça
Eufrásio Correia, localizada no Centro de Curitiba,
era o antigo Campo do Schimidlin. Passou a ser conhecida como o Largo da
Estação, em 1885, após a inauguração da
Estação Ferroviária.
Recebeu o nome atual, em 1888, em homenagem ao político e abolicionista Manoel
Euphásio Correia (1839-1888), natural de
Paranaguá.
A partir de 1896, o antigo Largo abrigou a sede do poder
legislativo estadual. O local foi urbanizado pela primeria vez em 1905, quando
recebeu quiosques, iluminação e jardins.
Em 1916, a Praça foi reformada, com nova arborização,
lampadário art-noveau e recebeu o chafariz confeccionado na lendária
Fonderie d'Art de Val d'Osne, na França (foto ao lado). Nessa época, a Praça
era um dos mais concorridos logradouros da Cidade.
Desde 1963, abriga a Câmara Municipal de Curitiba.
Em 1924, recebeu o monumento ao Semeador, do artista polonês
João Zaco Paraná (1884-1961).
Esse chafariz da Praça Eufrásio Correia foi fabricado na fundição de arte de Val
d'Osne, na França. É do mesmo modelo da fonte existente na Cidade do Porto,
em Portugal, nos jardins do antigo Palácio de Cristal, inaugurado em 1865.
A fundição de
Val d'Osne confeccionava fontes com modelos em catálogo, usando
matrizes para ferro fundido, que podiam ser reproduzidos várias vezes. Suas
famosas fontes são encontradas em várias cidades da América, Europa e Austrália.
No Brasil, existem também algumas no Rio de Janeiro, Porto Alegre e em Salvador.
Esse modelo de fonte foi originalmente fabricado pela empresa parisiense J.J.
Ducel et fils, adquirida pela Val d'Osne, em 1878, após a morte de seu fundador.
O chafariz tem uma altura total de 4,69 metros. No topo, uma ninfa ao banho, com
uma criança. As três esculturas, na base, representam um tritão e duas nereidas.
Embaixo, página 286, planche 307, do catálogo da J.J. Ducel et fils, da
respectiva fonte.
Acima, vista parcial da Praça, em 2014.
Embaixo, a Praça, seu chafariz e a Estação Ferroviária, em 1917.
