Cultura e Tradições Ucranianas, Imigração

No final do século 19, a Ucrânia era um país dividido, dominado e oprimido pelos czares russos ou pelos imperadores austro-húngaros. Eram proibidas publicações ou manifestações públicas em língua ucraniana. Manifestações políticas eram punidas. Nessa época, muitos ucranianos buscaram abrigo fora da Europa. Comunidades de ucranianos formaram-se na Austrália, Canadá, EUA, Argentina, Brasil e outros países.

No Paraná, a maioria dos imigrantes ucranianos chegaram a partir de 1895. Estima-se que foram mais de 20 mil imigrantes. Formaram comunidades principalmente nos municípios em Curitiba, Mallet, Prudentópolis, União da Vitória, Roncador e Pato Branco.

Em Curitiba, entretanto, algumas famílias já haviam chegado em 1876 e outro pequeno grupo, em 1891. A maioria entre 1895 e 1897, vindos da Galícia, parte ocidental da Ucrânia. Estabeleceram-se no Campo da Galícia e por todo o bairro do Bigorrilho, onde existe uma praça dedicada à Ucrânia.

As terras em que se estabeleceram eram de mata fechada. Havia a dificuldade da língua. No início era uma terra estranha e sem recursos. O maior apoio veio da igreja que enviou sacerdotes e iniciou um processo de integração social.

As Pêssankas

Pêssanka, ou pysanka, é um termo ucraniano que pode ser traduzido como escrever. Pessankas são ovos inteiros e crus decorados à mão com motivos místicos e arte ucraniana. Tradicionalmente, as pessankas são feitas na última semana da Quaresma e levadas à igreja no Domingo de Páscoa, para serem abençoadas. Então são presenteadas às pessoas amigas.

Memorial Ucraniano em Curitiba Paraná Pessanka ucraniana

Pêssanka gigante no Memorial Ucraniano, trabalho de Jorge Seratiuk (esquerda). À direita, uma pessanka tradicional ucraniana.